Páscoa (origem)

Páscoa

“Para entender a Paixão de Cristo, precisamos conhecer o Amor de Deus”.

         Quando você ouve a palavra “páscoa”, qual a primeira coisa que vem em sua mente? E, afinal de contas, esta celebração é cristã ou judaica?

         Quando criança, aprendi erroneamente, que a páscoa era a comemoração da morte e ressurreição de Cristo (embora sem entender por que não dávamos muita importância à ressurreição) e que esta era a época dos famosos “ovos de páscoa” (ovos de chocolate que eram trazidos pelos coelhinhos da páscoa). Esta é a estória que, por tradição, vem-se ensinando de geração à geração. (alguns pais têm o hábito de esconder tais ovos pela casa, seguidos de marcas de pegadas de coelho, para que seus filhos achem os ovos e pensem que foram ali depositados pelos “coelhinhos da páscoa”).

A sociedade sabe que esses coelhinhos não existem, mas permanecem dando vida à esta fantasia. A bem da verdade, a Páscoa não tem absolutamente nada a ver com estas estórias e figuras, assim como o Natal e o “Papai Noel” nada tem a ver com o nascimento de Cristo. Eu costumo sempre dizer que se você quer entender alguma coisa, deve procurar saber sobre sua origem (como surgiu, quando surgiu,quem fundou, etc.) e ver como funciona.

Desta forma, para entender o que é a Páscoa, precisamos começar pelo seu surgimento. Na Bíblia Sagrada, no Livro de Êxodo, capítulo 12, encontramos sua origem, período, motivo e simbolismo da verdadeira Páscoa. Os hebreus viveram no Egito por 430 anos, começou com achegada da família de José, um pequeno grupo de 70 pessoas que com o passar dos anos foram multiplicando-se e tornaram-se milhares. É bem verdade que durante a maior parte deste tempo, os hebreus viveram ali como escravos dos egípcios. Até que Deus preparou Moisés para LIBERTAR e guiar o povo para a terra prometida.

À cerca de 1440 anos A.C. os hebreus habitavam na terra de Gósem, no Egito, como escravos e Deus chamou Moisés para libertar o Seu povo daquela escravidão e guiá-los para possuírem a terra que prometera aos seus ancestrais. Moisés era hebreu, mas foi criado como egípcio por uma filha de Faraó. Deus tinha um plano na vida deste homem. Moisés passou 40 anos no deserto sendo preparado por Deus para libertar os hebreus da escravidão do Egito. Quando retornou ao Egito, com toda autoridade dada por Deus, falou para o Faraó libertar e deixar ir o povo com ele. Mas Faraó, com o coração duro, não o permitiu.

Num certo dia do mês de Abibe ou Nisã, do Calendário Sagrado dos judeus, correspondente ao 1º mês do “ano sagrado” (para nós é no período entre Março e Abril), todos os hebreus estavam se preparando para uma longa viagem. De repente e de todas as casas dos hebreus partiram balidos de cordeiro sendo mortos. Seu sangue era espargido nos umbrais e vergas das portas. À noite, todas as famílias uniram-se para comer a carne do cordeiro sacrificado, a ordem era para que se comecem tudo, desde a cabeça até as pernas. Enquanto isso, naquela mesma noite todos os lares egípcios tiveram uma terrível experiência: o filho primogênito de cada família egípcia havia morrido, desde a casa de Faraó até as casa mais humildes dos empregados. Foi grande o lamento e a dor. Faraó, aterrorizado e sabendo que Deus o tinha castigado, procurou Moisés e ordenou que levasse embora todos os israelitas do Egito.

Este dia se tornou em data de celebração, então foi instituída a Páscoa (a origem da palavra vem do termo Pesah, que significa Passagem) a festa que comemora a libertação de Israel da escravidão do Egito. Isto que aconteceu é um tipo simbólico para nós cristãos, que deixamos a escravidão deste mundo e marchamos em direção do Reino de Deus. Mas a Páscoa não é apenas uma comemoração dos judeus, mas também de todos os cristãos e agora veremos a razão disto:

1.  O cordeiro que foi sacrificado traz referência a Jesus Cristo, o cordeiro de Deus. O cordeiro deverá ser sem defeito e seu sangue quando aplicado à porta das casas dos israelitas os livraram da morte, de forma que apenas nas casas que tinham a marca do sangue do cordeiro foram livradas do anjo da morte. Da mesma forma Jesus, o cordeiro Santo, foi escolhido para ser sacrificado pois nEle não havia defeitos e quando cremos no sangue de Jesus e o aplicamos aos nossos corações somos livres de todo pecado aos olhos de Deus e alcançamos misericórdia do Seu terrível julgamento que virá à humanidade, quando Cristo voltar para levar o Seu povo. O sangue de Jesus Cristo também nos livra da escravidão de Satanás. Satanás mantém as pessoas sob sua escravidão, mediante o pecado, mas desde que tenham sido perdoadas e recebido a justiça de Cristo como dádiva do Pai celeste, Satanás não tem nenhum direito sobre tais pessoas;

 

2. Os israelitas comeram a carne do cordeiro com ervas amargas e pão sem fermento. O fermento significa “corrupção / pecado”, portanto para poderem ser libertos eles deveriam estar “limpos”, ou seja, livre do pecado. Ervas amargas lembram “sofrimento / renúncia”. Da mesma forma em Jesus não há corrupção ou pecado, pois Ele é Santo, o Filho de Deus. Quanto as ervas amargas, simbolicamente representam os sofrimento e angústia de Cristo, que foi morto numa cruz e experimentou ali as mais horrendas dores. Hoje em dia, quando lembramos o quanto sofreu Jesus para nos libertar, deveríamos chorar de tristeza e com amargura no coração, arrepender-nos de nossos pecados e nos tornamos filhos de Deus. Mas, como podemos dizer que assim como os israelitas comeram a carne do cordeiro nós comemos a carne de Cristo? Simples, Jesus disse que se quisermos ter vida, devemos comer Sua carne e beber Seu sangue.muitos judeus ao ouvir estas palavras deixaram de seguir a Cristo, visto que não podiam aceitar este tipo de ensino. Entretanto a Bíblia diz em Jo 1:14 “O Verbo se fez carne, e habitou entre nós…” assim é que a Palavra de Deus, de Gênesis à Apocalipse, é a carne do nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus é a Palavra (Verbo) de Deus e devemos alimentar-nos da Palavra. Se quisermos ter forças para atravessar o deserto deste mundo, com sucesso e vitórias, precisamos comer a Palavra de Deus sempre.

 

3.  Quando os israelitas saíram do Egito, foram seguidos por uma coluna de nuvem, durante o dia a coluna era uma nuvem e a noite a nuvem se transformava numa coluna de fogo que guiava o povo pelo deserto até a terra prometida. Esta coluna de nuvem e fumaça simboliza, hoje, em nós o Espírito Santo de Deus. Ele nos Guarda, proteje e guiaa-nos durante a travessia do deserto deste mundo.

2 respostas em “Páscoa (origem)

  1. este texto é otimo apesar de eu não entender muito sou americana e uma pessoa esta traduzindo para vocÊs tudo oque eu falo para ele

    • obrigado Izaele, que bom que tenha gostado do post e espero que todos entendam o sentido da verdadeira Páscoa. Abraços!!!

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